Fui líder de jovens e adolescentes de minha igreja por 8 anos, nesse período não foram poucas as vezes em que um ou outro chegavam contando suas aventuras na escola ou na universidade, onde debateram com aquele tal professor sobre a veracidade da Bíblia, especialmente sobre a criação. _ Vê se pode! O professor querendo dizer que na Palavra de Deus têm mentiras... A grande questão era que ao expor as “acontecenças”, como diz um amigo meu, na grande maioria das vezes, era o professor que estava certo...
Geralmente nas aulas de ciências ou de história os professores chamam as narrativas bíblicas da criação de mitos, e isso deixa os alunos que são cristãos furiosos. No entanto chamar os textos de mitos não quer dizer que são mentiras.
O mito é uma forma poderosa de interpretar a realidade através da linguagem simbólica. Geralmente ele tem a função de descrever as origens. Relacionar a palavra mito com mentira é uma herança que temos da modernidade, onde só era verdade o que era comprovado cientificamente. Instaurou-se a ditadura da razão e todas outras formas de linguagem foram estigmatizadas. As linguagens religiosas a poética e até a filosófica foram vistas como expressões de segunda categoria que não podiam ser levadas sério. Hoje, na pós-modernidade estamos caminhando em sentido contrário, revalorizando as outras formas de conhecimento.
Observe que na Bíblia há inúmeros gêneros literários: poesias, músicas, parábolas, cartas, mitos, sagas, novelas, evangelhos, apocalipses , crônicas, historiografias, dentre outros. Os fundamentalistas acreditam que defendem o texto bíblico com afirmaçõe do tipo:_ Adão existiu mesmo como homem de carne e osso... A Terra segundo a Bíblia não pode ter mais de 10 mil anos... Os dinossauros morreram no dilúvio. No entanto esta posição só empobrece os textos, que não nascem com estas intenções.
Já esta na hora dos pastores acreditarem que os membros de suas igrejas são capazes de entender isso e parar de tratá-los como criancinhas que perderão a fé se isso ou aquilo for falado na igreja. Estas são informações irrelevantes? Não! Não mesmo, entender a diversidade literária, os caminhos e as tramas são essenciais para que o povo tenha uma fé refletida e assim autônoma em condições de rejeitar as interpretações dos aproveitadores que só querem abusar da fé dos fiéis.
O que há no livro de Genesis do capítulo 1 o 11 são narrativas míticas... Não há nada na bíblia que pode ir de encontro com as descobertas de Darwin, ou com as teorias cientificas do início do universo. Nem há nada nestas teorias que podem refutar os textos bíblicos. Fazer isso é mesma coisa de tentar provar cientificamente que Drummond está errado quando diz que: O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar.
O mito da criação é riquíssimo em significações e em ensinamentos e estamos perdendo todos eles quando o reconhecemos como texto historiográfico.
Enfim pesquise e estude, não pare apenas nos contos de fadas contados pelos por muitos pastores que na maioria estão com medo de você não gostar de ouvir isso e ir dizimar em outra igreja. (Ahhh! Antes que me peçam... futuramente trarei interpretações interessantíssimas sobre a narrativa da criação).
Geralmente nas aulas de ciências ou de história os professores chamam as narrativas bíblicas da criação de mitos, e isso deixa os alunos que são cristãos furiosos. No entanto chamar os textos de mitos não quer dizer que são mentiras.
O mito é uma forma poderosa de interpretar a realidade através da linguagem simbólica. Geralmente ele tem a função de descrever as origens. Relacionar a palavra mito com mentira é uma herança que temos da modernidade, onde só era verdade o que era comprovado cientificamente. Instaurou-se a ditadura da razão e todas outras formas de linguagem foram estigmatizadas. As linguagens religiosas a poética e até a filosófica foram vistas como expressões de segunda categoria que não podiam ser levadas sério. Hoje, na pós-modernidade estamos caminhando em sentido contrário, revalorizando as outras formas de conhecimento.
Observe que na Bíblia há inúmeros gêneros literários: poesias, músicas, parábolas, cartas, mitos, sagas, novelas, evangelhos, apocalipses , crônicas, historiografias, dentre outros. Os fundamentalistas acreditam que defendem o texto bíblico com afirmaçõe do tipo:_ Adão existiu mesmo como homem de carne e osso... A Terra segundo a Bíblia não pode ter mais de 10 mil anos... Os dinossauros morreram no dilúvio. No entanto esta posição só empobrece os textos, que não nascem com estas intenções.
Já esta na hora dos pastores acreditarem que os membros de suas igrejas são capazes de entender isso e parar de tratá-los como criancinhas que perderão a fé se isso ou aquilo for falado na igreja. Estas são informações irrelevantes? Não! Não mesmo, entender a diversidade literária, os caminhos e as tramas são essenciais para que o povo tenha uma fé refletida e assim autônoma em condições de rejeitar as interpretações dos aproveitadores que só querem abusar da fé dos fiéis.
O que há no livro de Genesis do capítulo 1 o 11 são narrativas míticas... Não há nada na bíblia que pode ir de encontro com as descobertas de Darwin, ou com as teorias cientificas do início do universo. Nem há nada nestas teorias que podem refutar os textos bíblicos. Fazer isso é mesma coisa de tentar provar cientificamente que Drummond está errado quando diz que: O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar.
O mito da criação é riquíssimo em significações e em ensinamentos e estamos perdendo todos eles quando o reconhecemos como texto historiográfico.
Enfim pesquise e estude, não pare apenas nos contos de fadas contados pelos por muitos pastores que na maioria estão com medo de você não gostar de ouvir isso e ir dizimar em outra igreja. (Ahhh! Antes que me peçam... futuramente trarei interpretações interessantíssimas sobre a narrativa da criação).
5 comentários:
Parabéns pelo blog
Realmente, você tem um opnião muito reflexiva, e fundamental para que possamos estabelecer nossa crença.
Visite o nosso :
www.blog.maisestudo.com.br
Abs
Mais Estudo
Excelente Marquinhos. Precisamos criar espaços para discursos alternativos; democratizar o conhecimento teológico, superar o estreito espaço da elite acadêmica e oferecer instrumentos que potencializem a leitura da Biblia pelos crentes. Assim estaremos cooperando pela efetividade do sacerdócio universal de todos os crentes!!!
Marquinhos, parabéns pelo blog!!! Os assuntos são de extremo interesse e urgência para a igreja cristã! Qdo li esse post do "Mito" lembrei de uma menina que estava na universidade, aula de Antropologia Cultural e que defendeu a Bíblia em sala de aula em frente ao professor que se dizia ateu... Nossa... essa menina era eu!!!! Porque os pastores nunca me disseram que o mito não é uma mentira e que sim!!!! a Bíblia contém mitos!! Porque os pastores continuam a esconder tantas coisas para os membros das igrejas, insistindo em criar uma vida paralela ao mundo real que eles enfrentam todos os dias na universidade, no trabalho, na academia, no clube, ou quando encontram aquela parte da família que não é crente???... Enfim... Parabéns pelo texto, vou cobrar as interpretações viu??? Vou divulgar seu blog pra minhas amigas!! Adorei!!! Parabéns de novo!!!
A VERDADE PRECISA SER DITA!
ESSE ÓPIO RELIGIOSO ALIENANTE E SUFOCANTE PRECISA ACABAR!
CONTINUUE ESCREVENDO MARQUINHOOS!!
NÃO PARE DE DIZER A VERDADE...DEUS ESTÁ CONTIGO!!
Muito interessante seu blog. Se quiser seguir o meu, agradeço:
www.historiaeteologia.blogspot.com
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