Para além de dribles, gols, defesas e grandes lances, as expectativas proporcionadas pela Copa do Mundo de 2014, no Brasil, movimentam jogos bem diferentes do futebol. Jogadores nada atléticos como políticos, empresários e marqueteiros já estão entrando em campo de olho nos dividendos eleitorais, econômicos e publicitários que poderão adquirir com o possível sucesso da competição.
Afora proporcionar um grande espetáculo do esporte preferido dos brasileiros, o governo espera, com o Mundial, demonstrar simbolicamente a pujança do desenvolvimento econômico e social do país, aproveitando para isso o palanque mais assistido do mundo. Caso a seleção faça a sua parte e conquiste o hexacampeonato, não serão poucos os que profetizarão ser a Copa o marco da entrada do Brasil no grupo das potências mundiais, sendo o símbolo do rompimento da sua eterna condição de país do futuro (subdesenvolvido, em desenvolvimento, emergente, terceiro mundo...)
Todavia, tamanhas expectativas poderão tornar-se em histórica frustração, caso os responsáveis pelas diversas obras e a organização necessárias à concretização do evento não tenham claro em suas mentes um planejamento sério das ações e atividades a serem realizadas. A definição dos objetivos e metas para a Copa e, inclusive, para o pós-Copa precisam ser definidos a partir de competência técnica, racionalidade administrativa e, sobretudo, responsabilidade política. O controle da qualidade das ações e do cumprimento dos prazos deverá ser observado rigorosamente, sob pena de desperdício de dinheiro público e prejuízo da imagem do Brasil nos círculos internacionais.
Muito mais do que estar atentos ao trabalho de Mano Menezes e da preparação de Robinho, Neymar, Ganso e Cia, tomara que os torcedores brasileiros não se esqueçam de fiscalizar os vultuosos investimentos de verbas públicas e exigir que as obras a serem realizadas beneficiem amplamente as populações das cidades que hospedarão o Mundial, pois, caso contrário, terão que se contentar, mais uma vez, com os lucros conseguidos com a venda de cerveja e salgadinhos durante o evento.
P.S. Não era bem o que eu queria e como eu queria escrever, mas também não é o que os avaliadores da CESPE no concurso do MPU gostariam de ler... Espero que a minha pequena ousadia não seja reprovada... rsrsrs (O tema da redação era a Copa do Mundo e o Planejamento Estratégico)
5 comentários:
Tb não sei se era bem isso que eles gostariam de ler, mas, se me permite minha modesta opinião... eu gostei...rsrs.... foi bem ousado mesmo!!!! Agora, vamos esperar para o dia 08 de outubro. Boa Sorte. Que Deus te Abençoe!
Rubia-Rondônia
Marquinhos, gostei mto do seu texto. Como sempre, excelente crítica da realidade como um todo! Sem os deslumbramentos advindos da euforia de uma Copa do Mundo!
É triste, mas não dá pra acreditar no governo!! Não é à toa que nas pesquisas, 60% dos brasileiros dizem que quem mais ganha com a política é o político e não o povo! É por isso que Tiririca será eleito. Além de que "pior do que está, não fica", elegê-lo é uma forma de protesto (porque quem vota nele claramente está dizendo que não tem opção melhor, que os outros candidatos caíram no descrédito por mais demagogos que sejam ou que tenham os melhores marketeiros!!!)! É muita corrupção em torno de um evento que poderia ser muito bom para o povo...
Abraços amigo! E continue escrevendo!!
P.S.: Na dúvida, é melhor não prestar concurso pela CESPE por tão cedo...
Valeu pela força Rúbia!
Poxa Netinha, vc não botou fé q eu ia escrever mesmo né???!!! rsrsrs
bjos...
Meu Deus!!! Não é mesmo que eu cometi essa gafe?????
Bom... vou dizer pra todo mundo o q eu disse pra vc...
1º nem imaginaria que vc ia começar a escrever no blog de uma hora pra outra...
2º não recorri ao dicionário para melhor compreensão do texto,
3º imaginei que Marquinhos tivesse a ideia de escrever sobre isso a partir de conversas com vc sobre o concurso que vc fez...
Bom, mas fica então meu abraço, parabéns, e incentivo de continuar escrevendo!!!
Xero, Nego!
muito legal,adorei.é isso mesmo,concordo plenamente com tudo.infelizmente é a cara do nosso brasil.
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