tag:blogger.com,1999:blog-21107190937528781022024-02-08T02:36:40.109-03:00Teologia do Cotidiano: Conversas...Marcos Fellipehttp://www.blogger.com/profile/17667740543786147990noreply@blogger.comBlogger17125tag:blogger.com,1999:blog-2110719093752878102.post-7079550093087073872012-10-25T15:05:00.000-03:002012-10-25T15:05:02.789-03:00Os gays e a Bíblia - Frei Betto<table border="0" cellpadding="5" cellspacing="2" style="background-color: white; color: black; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', Arial, sans-serif; font-size: 12px; text-align: justify;"><tbody>
<tr><td><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSMu05tUqg-vbVhSSbCuu03YCsj3uxTuuhIJ1zeaOo6jFtGfeiA9lTtqlQ5Xj5-yPINMJpGYDo7ZSc_YA0_LCSQZ76axySil_8XAmvIusT05pdvEJebDZL8KQ0M4EGGTvMDTzr6tQYJ6gq/s1600/13056575598.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSMu05tUqg-vbVhSSbCuu03YCsj3uxTuuhIJ1zeaOo6jFtGfeiA9lTtqlQ5Xj5-yPINMJpGYDo7ZSc_YA0_LCSQZ76axySil_8XAmvIusT05pdvEJebDZL8KQ0M4EGGTvMDTzr6tQYJ6gq/s1600/13056575598.jpg" /></a></div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
É no mínimo surpreendente constatar as pressões sobre o Senado para evitar a lei que criminaliza a homofobia. Sofrem de amnésia os que insistem em segregar, discriminar, satanizar e condenar os casais homoafetivos.</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
No tempo de Jesus, os segregados eram os pagãos, os doentes, os que exerciam determinadas atividades profissionais, como açougueiros e fiscais de renda. Com todos esses Jesus teve uma atitude inclusiva. Mais tarde, vitimizaram indígenas, negros, hereges e judeus. Hoje, homossexuais, muçulmanos e migrantes pobres (incluídas as “pessoas diferenciadas”…).</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Relações entre pessoas do mesmo sexo ainda são ilegais em mais de 80 nações. Em alguns países islâmicos elas são punidas com castigos físicos ou pena de morte (Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Nigéria etc).</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
No 60º aniversário da Decclaração Universal dos Direitos Humanos, em 2008, 27 países membros da União Europeia assinaram resolução à ONU pela “despenalização universal da homossexualidade”.</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
A Igreja Católica deu um pequeno passo adiante ao incluir no seu Catecismo a exigência de se evitar qualquer discriminação a homossexuais. No entanto, silenciam as autoridades eclesiásticas quando se trata de se pronunciar contra a homofobia. E, no entanto, se escutou sua discordância à decisão do STF ao aprovar o direito de união civil dos homoafetivos.</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Ninguém escolhe ser homo ou heterossexual. A pessoa nasce assim. E, à luz do Evangelho, a Igreja não tem o direito de encarar ninguém como homo ou hétero, e sim como filho de Deus, chamado à comunhão com Ele e com o próximo, destinatário da graça divina.</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
São alarmantes os índices de agressões e assassinatos de homossexuais no Brasil. A urgência de uma lei contra a homofobia não se justifica apenas pela violência física sofrida por travestis, transexuais, lésbicas etc. Mais grave é a violência simbólica, que instaura procedimento social e fomenta a cultura da satanização.</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
A Igreja Católica já não condena homossexuais, mas impede que eles manifestem o seu amor por pessoas do mesmo sexo. Ora, todo amor não decorre de Deus? Não diz a Carta de João (I,7) que “quem ama conhece a Deus” (observe que João não diz que quem conhece a Deus ama…).</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Por que fingir ignorar que o amor exige união e querer que essa união permaneça à margem da lei? No matrimônio são os noivos os verdadeiros ministros. E não o padre, como muitos imaginam. Pode a teologia negar a essencial sacramentalidade da união de duas pessoas que se amam, ainda que do mesmo sexo?</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Ora, direis ouvir a Bíblia! Sim, no contexto patriarcal em que foi escrita seria estranho aprovar o homossexualismo. Mas muitas passagens o subtendem, como o amor entre Davi por Jônatas (I Samuel 18), o centurião romano interessado na cura de seu servo (Lucas 7) e os “eunucos de nascença” (Mateus 19). E a tomar a Bíblia literalmente, teríamos que passar ao fio da espada todos que professam crenças diferentes da nossa e odiar pai e mãe para verdadeiramente seguir a Jesus.</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Há que passar da hermenêutica singularizadora para a hermenêutica pluralizadora. Ontem, a Igreja Católica acusava os judeus de assassinos de Jesus; condenava ao limbo crianças mortas sem batismo; considerava legítima a escravidão e censurava o empréstimo a juros. Por que excluir casais homoafetivos de direitos civis e religiosos?</div>
<div style="margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Pecado é aceitar os mecanismos de exclusão e selecionar seres humanos por fatores biológicos, raciais, étnicos ou sexuais. Todos são filhos amados por Deus. Todos têm como vocação essencial amar e ser amados. A lei é feita para a pessoa, insiste Jesus, e não a pessoa para a lei.</div>
</td></tr>
<tr><td><strong>Autor: Frei Betto</strong></td></tr>
</tbody></table>
Marcos Fellipehttp://www.blogger.com/profile/17667740543786147990noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2110719093752878102.post-39514967420904711472011-05-24T15:05:00.001-03:002011-05-24T15:07:52.037-03:00Ricardo Gondim é expulso da Ultimato<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgt2RpLQ7Bwcf89q0PFqKTqycJcglIi16kmcMT4cY3-bSZuPxKFbqIrh7Ay6qARqKxJ_J3NrlP2cnCQd1DU50MqviIORe02vZ5HGQw32P6SegKHY2Ywo-eLlGKDsZWR27yskSxhwLxWMJeI/s1600/Ricardo+gondim.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgt2RpLQ7Bwcf89q0PFqKTqycJcglIi16kmcMT4cY3-bSZuPxKFbqIrh7Ay6qARqKxJ_J3NrlP2cnCQd1DU50MqviIORe02vZ5HGQw32P6SegKHY2Ywo-eLlGKDsZWR27yskSxhwLxWMJeI/s320/Ricardo+gondim.jpg" width="320" /></a></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px;"><strong>Despeço-me da Revista Ultimato</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px;"><br />
</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px;">Ricardo Gondim</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px;"><br />
</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px;"><br />
</span><br />
<div style="font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Após quase vinte anos, fui convidado a “des-continuar” minha coluna na revista Ultimato. Nesta semana, recebi a visita de Elben Lenz Cesar, Marcos Bomtempo e Klênia Fassoni em meu escritório, que me deram a notícia de que não mais escreverei para a Ultimato. Nessa tarde, encerrou-se um relacionamento que, ao longo de todos esses anos, me estimulou a dividir o coração com os leitores desta boa revista. Cada texto que redigi nasceu de minhas entranhas apaixonadas.</span></span></div><div style="font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></span></div><div style="font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Fui devidamente alertado pelo rev. Elben de que meus posicionamentos expostos para a revista Carta Capital trariam ainda maior tensão para a Ultimato. Respeito o corpo editorial da Ultimato por não se sentir confortável com a minha posição sobre os direitos civis dos homossexuais. Todavia, reafirmo minhas palavras: em um estado laico, a lei não pode marginalizar, excluir ou distinguir como devassos, promíscuos ou pecadores, homens e mulheres que se declaram homoafetivos e buscam constituir relacionamentos estáveis. Minhas convicções teológicas ou pessoais não podem intervir no ordenamento das leis.</span></span><br />
<span style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></span></div><div style="font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O reverendo Elben Lenz Cesar, por quem tenho a maior estima, profundo respeito e eterna gratidão, acrescentou que discordava também sobre minha afirmação ao jornalista de que “Deus não está no controle”. Ressalto, jamais escondi minha fé no Deus que é amor e nos corolários que faço: amor e controle se contradizem. De fato, nunca aceitei a doutrina da providência como explicitada pelo calvinismo e não consigo encaixar no decreto divino: Auschwitz, Ruanda ou Realengo. Não há espaço em minhas reflexões para uma “vontade permissiva” de Deus que torne necessário o orgasmo do pedófilo ou a crueldade genocida.</span></span></div><div style="font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Por último, a Klênia Fassoni advertiu-me de que meus Tweets, somados a outros textos que postei em meu site, deixam a ideia de que sou tempestivo e inconsequente no que comunico. Falou que a minha resposta à Carta Capital sobre a condição das igrejas na Europa passa a sensação de que sou “humanista”. Sobre meu “humanismo”, sequer desejo reagir. Acolho, porém, a recomendação da Klênia sobre minha inconsequência. Peço perdão a todos os que me leram ao longo dos anos. Quaisquer desvarios e irresponsabilidades que tenham brotado de minha pena não foram intencionais. Meu único desejo ao escrever, repito, foi enriquecer, exortar e desafiar possíveis leitores.</span></span></div><div style="font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></span></div><div style="font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Resta-me agradecer à revista Ultimato por todos os anos em que caminhamos juntos. Um pedaço de minha história está amputada. Mas a própria Bíblia avisa que há tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou. Meu amor e meu respeito pela família do rev. Elben, que compõe o corpo editorial da Ultimato, não diminuíram em nada.</span></span></div><div style="font-size: 11px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Continuarei a escrever em outros veículos e a pastorear minha igreja com a mesma paixão que me motivou há 34 anos.</span></span></div>Marcos Fellipehttp://www.blogger.com/profile/17667740543786147990noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-2110719093752878102.post-83324159026159825802011-04-21T21:42:00.000-03:002011-04-21T21:42:52.164-03:00Festa, Amor e Devoção<div style="border-bottom-color: initial; border-bottom-style: none; border-bottom-width: medium; border-left-color: initial; border-left-style: none; border-left-width: medium; border-right-color: initial; border-right-style: none; border-right-width: medium; border-top-color: initial; border-top-style: none; border-top-width: medium; text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"></span><br />
<div class="separator" style="border-bottom-color: initial; border-bottom-style: none; border-bottom-width: medium; border-left-color: initial; border-left-style: none; border-left-width: medium; border-right-color: initial; border-right-style: none; border-right-width: medium; border-top-color: initial; border-top-style: none; border-top-width: medium; clear: both; font-family: 'Times New Roman'; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjneM3zZ1zWdYuzRsJmY8JHIcmOzzPEDirQIZ46qkz1C63gZoMtviK23hN5aeAyiffHOvHJ4C_LW3Ev6wMsLry7emhtYlEGLVGZ-kfYKq5mOlt2Z3m3JxQjBaeFxEA2BsmNPo_NtFh2fJEg/s1600/bonfim3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="211" n4="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjneM3zZ1zWdYuzRsJmY8JHIcmOzzPEDirQIZ46qkz1C63gZoMtviK23hN5aeAyiffHOvHJ4C_LW3Ev6wMsLry7emhtYlEGLVGZ-kfYKq5mOlt2Z3m3JxQjBaeFxEA2BsmNPo_NtFh2fJEg/s320/bonfim3.jpg" style="cursor: move;" width="320" /></a></span></div><div style="border-bottom-color: initial; border-bottom-style: none; border-bottom-width: medium; border-left-color: initial; border-left-style: none; border-left-width: medium; border-right-color: initial; border-right-style: none; border-right-width: medium; border-top-color: initial; border-top-style: none; border-top-width: medium; font-family: 'Times New Roman'; text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> <span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Uma multidão que caminha em direção à Colina Sagrada. É o caminho da fé que arrasta pessoas de tradições, religiões e espiritualidades diferentes, mas têm em comum uma cultura popular que reúne festa, amor e devoção.</span></span></div></div><div style="border-bottom-color: initial; border-bottom-style: none; border-bottom-width: medium; border-left-color: initial; border-left-style: none; border-left-width: medium; border-right-color: initial; border-right-style: none; border-right-width: medium; border-top-color: initial; border-top-style: none; border-top-width: medium; font-family: 'Times New Roman'; text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div></div><div style="border-bottom-color: initial; border-bottom-style: none; border-bottom-width: medium; border-left-color: initial; border-left-style: none; border-left-width: medium; border-right-color: initial; border-right-style: none; border-right-width: medium; border-top-color: initial; border-top-style: none; border-top-width: medium; font-family: 'Times New Roman'; text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS';">No período de Jesus era comum a junção desses três elementos: as festas religiosas, o amor à Deus e ao próximo e a fé. Tradição presente entre judeus e católicos até hoje.</span></span></div></div><div style="border-bottom-color: initial; border-bottom-style: none; border-bottom-width: medium; border-left-color: initial; border-left-style: none; border-left-width: medium; border-right-color: initial; border-right-style: none; border-right-width: medium; border-top-color: initial; border-top-style: none; border-top-width: medium; font-family: 'Times New Roman'; text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div></div><div style="border-bottom-color: initial; border-bottom-style: none; border-bottom-width: medium; border-left-color: initial; border-left-style: none; border-left-width: medium; border-right-color: initial; border-right-style: none; border-right-width: medium; border-top-color: initial; border-top-style: none; border-top-width: medium; font-family: 'Times New Roman'; text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS';">No Brasil, a maior parte dos cristãos evangélicos/protestantes receberam uma tradição norte-americana ou européia, onde o puritanismo, o jeito intropesctivo, racional e silencioso de cultuar, e o anti-catolicismo são fortemente enraizados no modo de ser desses cristãos brasileiros. Assim, há rejeição a qualquer tipo de expressão religiosa que se assemelhe aos outros irmãos em Cristo. Também devido a perseguição católica àquele grupo desde sua chegada, os evangélicos e protestantes afastaram-se muito mais da cultura brasileira.</span></span></div></div><div style="border-bottom-color: initial; border-bottom-style: none; border-bottom-width: medium; border-left-color: initial; border-left-style: none; border-left-width: medium; border-right-color: initial; border-right-style: none; border-right-width: medium; border-top-color: initial; border-top-style: none; border-top-width: medium; font-family: 'Times New Roman'; text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div></div><div style="border-bottom-color: initial; border-bottom-style: none; border-bottom-width: medium; border-left-color: initial; border-left-style: none; border-left-width: medium; border-right-color: initial; border-right-style: none; border-right-width: medium; border-top-color: initial; border-top-style: none; border-top-width: medium; font-family: 'Times New Roman'; text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPOfAij-ZZnwjICP2aQd5jshC4iNtY9iSLXxu0W-A_yQ0x6p5DMcn-asOUTziYT9ZFP-tQ5SE0aNnD976lQAAdouJcsKjfGi7QfCSIxnASxyI-bQAGWrarRzeYeK5_ZXcW73FcCJ-1aghI/s1600/bonfim24.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="174" n4="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPOfAij-ZZnwjICP2aQd5jshC4iNtY9iSLXxu0W-A_yQ0x6p5DMcn-asOUTziYT9ZFP-tQ5SE0aNnD976lQAAdouJcsKjfGi7QfCSIxnASxyI-bQAGWrarRzeYeK5_ZXcW73FcCJ-1aghI/s320/bonfim24.jpg" style="cursor: move;" width="320" /></a><span style="font-family: 'Trebuchet MS';">Mas esse cenário religioso experimentou modificações belas e significativas. 2011 foi o ano do primeiro Ato Interreligioso na maior festa religiosa da Bahia, a Lavagem do Senhor do Bonfim, que acontece a cada segunda quinta-feira do ano. Estavam representantes da Igreja Católica, do Candomblé, da Igreja Batista, e outros.</span></span></div></div><div style="font-family: 'Times New Roman'; text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div></div><div style="border-bottom-color: initial; border-bottom-style: none; border-bottom-width: medium; border-left-color: initial; border-left-style: none; border-left-width: medium; border-right-color: initial; border-right-style: none; border-right-width: medium; border-top-color: initial; border-top-style: none; border-top-width: medium; font-family: 'Times New Roman'; text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS';">Estar presente nessa festa foi como pela primeira vez fazer parte do povo baiano e da minha cultura, experimentando minha espiritualidade em meio à religiosidade popular. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8IOrYLxCLleoACtrzlaufLyZtUi9-VAQAqAO_By9Ccso7L-M7qg_WPMy1wXa4HHNFyE-dka2hb6UConcH_UFZ_ZBGIQRaaTKW5mrEVgjrk_jfHeHD_rH5GvtK0z7AAOMuXZ-n1Z90e1-h/s1600/bonfim4.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" n4="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8IOrYLxCLleoACtrzlaufLyZtUi9-VAQAqAO_By9Ccso7L-M7qg_WPMy1wXa4HHNFyE-dka2hb6UConcH_UFZ_ZBGIQRaaTKW5mrEVgjrk_jfHeHD_rH5GvtK0z7AAOMuXZ-n1Z90e1-h/s320/bonfim4.jpg" style="cursor: move;" width="212" /></a>Andar 5 km e amarrar uma fitinha verde nas grades da igreja do Bonfim foi como colocar um pedido no Muro das Lamentações, ou beber um copo d'água abençoado pelo pastor neopentecostal ou pelo padre carismático da TV, ou ainda acompanhar durante sete quartas-feiras seguidas (sem faltar uma sequer) no culto de oração de alguma igreja batista. Foi mais um ritual religioso, onde o que importa foi o meu pedido sincero ao Deus ao qual eu sirvo e amo. Mas o diferencial foi participar da maior festa religiosa da minha querida Bahia, me reconhecer na minha cultura, e exercitar a convivência e o diálogo interreligioso.</span><span style="font-family: 'Trebuchet MS';"></span></span></div></div><div style="border-bottom-color: initial; border-bottom-style: none; border-bottom-width: medium; border-left-color: initial; border-left-style: none; border-left-width: medium; border-right-color: initial; border-right-style: none; border-right-width: medium; border-top-color: initial; border-top-style: none; border-top-width: medium; font-family: 'Times New Roman'; text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div></div><div style="border-bottom-color: initial; border-bottom-style: none; border-bottom-width: medium; border-left-color: initial; border-left-style: none; border-left-width: medium; border-right-color: initial; border-right-style: none; border-right-width: medium; border-top-color: initial; border-top-style: none; border-top-width: medium; font-family: 'Times New Roman'; text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS';">Nenhuma <em>"opressão espiritual" </em>vem da outra cultura, mas da nossa própria mente, quando, por preconceito, demonizamos o outro que é diferente de nós.</span></span></div></div><div style="border-bottom-color: initial; border-bottom-style: none; border-bottom-width: medium; border-left-color: initial; border-left-style: none; border-left-width: medium; border-right-color: initial; border-right-style: none; border-right-width: medium; border-top-color: initial; border-top-style: none; border-top-width: medium; font-family: 'Times New Roman'; text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div></div><div style="border-bottom-color: initial; border-bottom-style: none; border-bottom-width: medium; border-left-color: initial; border-left-style: none; border-left-width: medium; border-right-color: initial; border-right-style: none; border-right-width: medium; border-top-color: initial; border-top-style: none; border-top-width: medium; font-family: 'Times New Roman'; text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS';">Oxalá haja paz e respeito entre as religiões!! Oxalá consigamos conviver com as diferenças!! Desejo para todos o Amor do Pai, Shalom e Axé!!!!</span></span></div></div></div></div>Anísia Neta ❀http://www.blogger.com/profile/06631885047742792998noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2110719093752878102.post-51693396236701284202011-02-09T22:17:00.000-03:002011-02-09T22:17:10.656-03:00TEÓLOGO PRESBITERIANO PROPONE “MORATORIA SEXUAL” POR 5 AÑOS<span class="Apple-style-span" style="color: #2a2a2a; font-family: Georgia; font-size: 13px; line-height: 17px;"></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhv4DGqDoPJGwjxS_dpSnEBnJRk5QZFTD9XIGymV1yYA4Xmr-ZTzUnWATvGuB6ekFIrVAZ1CfvDJMbXKkn0xGjpqjNVIK0UD0qyDnT2bnJwG11tDdokazg-2ss2hyphenhyphen3dg1fYecyQzkPBRvHF/s1600/Biblia+e+homossexualidade.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhv4DGqDoPJGwjxS_dpSnEBnJRk5QZFTD9XIGymV1yYA4Xmr-ZTzUnWATvGuB6ekFIrVAZ1CfvDJMbXKkn0xGjpqjNVIK0UD0qyDnT2bnJwG11tDdokazg-2ss2hyphenhyphen3dg1fYecyQzkPBRvHF/s200/Biblia+e+homossexualidade.jpg" width="193" /></a></div><div style="color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 1.05em; line-height: 18px; margin-bottom: 1.35em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">El teólogo presbiteriano estadounidense nacionalizado costarricense Juan Stam propuso a las iglesias evangélicas una moratoria de cinco años, para que analicen con calma el asunto de la homosexualidad, dejen a los homosexuales en paz y se fijen en otros temas. Según informó ALC, en Costa Rica las alas conservadoras de la Iglesia Católica y las denominaciones evangélicas plantearon el ingreso del debate sobre la homosexualidad durante la campaña de las elecciones presidenciales realizadas este año en ese país.</div><div style="color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 1.05em; line-height: 18px; margin-bottom: 1.35em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">El tema quedó demarcado por las balizas de la moralidad, amparado por versículos bíblicos. “Nos haría mucho bien recordar que los mismos pasajes bíblicos denuncian la avaricia, los avaros no entrarán en el Reino de Dios.</div><div style="color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 1.05em; line-height: 18px; margin-bottom: 1.35em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;">El Nuevo Testamento dice mucho más contra la avaricia y la codicia que contra la homosexualidad”, dijo Stam. Para este teólogo, los evangélicos parecen estar presos de una obsesión por los temas sexuales, “como si fuesen los únicos problemas críticos de nuestro tiempo y como si de ellos dependiese el futuro de la iglesia y de la civilización”. Para Stam, las iglesias evangélicas “carecen de autoridad moral para que sus campañas antihomosexuales sean convincentes. Sus arengas contra la homosexualidad caen en el ridículo ante los sectores pensantes y críticos de la población, y, muchas veces, huelen a oportunismo e hipocresía”. En América latina, los evangélicos se destacaron por ser anti: anti catolicismo, anti comunismo, anti ecumenismo y ahora anti homosexualidad, señaló. “El evangelio es el ‘si’ y el ‘amén’ de Dios; cuando lo negativo domina a la Iglesia, ella está doliente”, concluyó.</div>Marcos Fellipehttp://www.blogger.com/profile/17667740543786147990noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2110719093752878102.post-5121370508009874582010-11-19T01:28:00.009-03:002010-11-27T10:42:13.889-03:00Jesus: O Deus que caminha entre os excluídos e marginalizados<div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span class="apple-style-span"><b><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: #990000;"><span class="Apple-style-span" style="color: white;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Comentário Biblico de Apocalipse 2.1</span></span></span></span></span></b></span><br />
<span class="apple-style-span"><b><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: #990000;"><span class="Apple-style-span" style="color: white;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br />
</span></span></span></span></span></b></span><br />
<span class="apple-style-span"><b><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: #990000;"><span class="Apple-style-span" style="color: white;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br />
</span></span></span></span></span></b></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><div style="text-align: right;"><span class="apple-style-span"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Por Marcos Fellipe </span></span></b></span></div><div style="text-align: right;"><span class="apple-style-span"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></span></b></span></div></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Ao anjo da igreja em Éfeso escreva: "Estas são as palavras daquele</span></span></b></span><span class="apple-converted-space"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> </span></span></b></span><span class="apple-style-span"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">que tem as sete estrelas em sua mão direita e anda entre os sete candelabros de ouro.<o:p></o:p></span></span></b></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></span></b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgV8R08tCYW02LMoneDeQnHrVnV38LqRMlI8wCD0cWEDWfj86rg9bGxWkFIWvH2xAwCkyAOOqlACMUIIC37yBGtRGssDvECUxNDcV3GOy8Uo_RWb9FnecktraF0xIcDuWLoCj5TmSuP97xf/s1600/o-grito.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgV8R08tCYW02LMoneDeQnHrVnV38LqRMlI8wCD0cWEDWfj86rg9bGxWkFIWvH2xAwCkyAOOqlACMUIIC37yBGtRGssDvECUxNDcV3GOy8Uo_RWb9FnecktraF0xIcDuWLoCj5TmSuP97xf/s320/o-grito.jpg" width="264" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><span style="color: black; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O pai preocupado em poupar sua filhinha de apenas 4 anos, aperta a mão sobre seus pequenos e assustados olhos, machucando-os. A menininha começa a chorar quando de repente a fera, uma grande leoa faminta ataca seu pai que ainda tentando protegê-la lança-a para longe. A pancada machuca-a segundos antes de ser devorada. Os romanos das arquibancadas se divertem com o espetáculo.<o:p></o:p></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><span style="color: black; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><span style="color: black; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Ela tinha 17 anos, vivia cabisbaixa e triste com as zombarias dos vizinhos que a acusava de ser cristã. Por se reunirem em catacumbas, e lá celebrarem a ceia, os boatos corriam que cristãos eram comedores de carne e sangue de cadáveres. Todos seus amigos se afastaram, vivia só, à margem, excluída e fugida.<o:p></o:p></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><span style="color: black; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><span style="color: black; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Ele não concordava com a atitude de seu melhor amigo e companheiro de lutas, que mesmo cristão prostrava-se diante do imperador. Naquele dia, por causa de sua reprovação, seu amigo recusou-se a prostrar-se e lá estava amarrado num grande madeiro, um dos muitos que rodeavam a cidade. Após alguns minutos ele iria olhar pela última vez nos olhos do seu amigo, que iria ser juntamente com outra centena de cristãos queimado para iluminar a festa do Imperador Nero.<o:p></o:p></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><span style="color: black; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><span style="color: black; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">É este o cenário comum dos cristãos do primeiro e segundo século. Viver era uma experiência dolorosa, angustiante. A morte e a escuridão por todos os lados. O Cristo que em breve viria os resgatar e estabelecer de uma vez por todas o reino de Deus não chegara.<o:p></o:p></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><span style="color: black; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><span style="color: black; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A mensagem do Apocalipse vem para estes cristãos. Chega para trazer esperança onde ela há muito se despedira. Chega para ser resposta a perguntas feitas com dor e sangue: Onde está Jesus, que não nos livra desta aflição? Quando Deus irá transformar essa insuportável realidade?<o:p></o:p></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><span style="color: black; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><span style="color: black; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A resposta é tão forte quanto a pergunta, é surpreendente, e desafia-nos até hoje. Jesus se apresenta como aquele que caminha entre os sete candeeiros de ouro, sendo que estes representam as igrejas de Cristo espalhadas pelo Império.<o:p></o:p></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><span style="color: black; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O texto trata as igrejas como os candeeiros, os candelabros. A igreja, os cristãos, os marginalizados e excluídos, os torturados, os que estão sendo mortos e exterminados, os aflitos, angustiados e desesperançosos, são aqueles que podem e que trarão luz à realidade. <o:p></o:p></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><span style="color: black; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><span style="color: black; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Os candeeiros não são como as lanternas que podem direcionar o foco da luz, o candeeiro para que todos usufruam de sua luz deve ser colocado no centro do povo e não a frente, enquanto ilumina o caminho o candeeiro também ilumina tudo que está a sua volta. Ser luz não é estar a frente do povo com a verdade na mão e esperando que o povo nos siga como rebanhos. Ser luz aqui é iluminar os caminhos, que se constroem na caminhada.<o:p></o:p></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><span style="color: black; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><span style="color: black; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Luz que Ilumina inclusive a presença de Jesus que caminha com o povo, que está no meio da sua igreja entre os marginalizados e excluídos, os rotulados como diferentes, os que não se renderam ou se venderam ao sistema. Jesus não está distante, ele está entre o povo que sofre. Ele não se afastou dos seus, ele caminha conosco. Jesus estava na arena junto com a família que foi atacada pelos leões, está com a adolescente que não tem mais amigos, por ser cristã, estava até quando Nero usou os cristãos como tochas para iluminar Roma.<o:p></o:p></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><span style="color: black; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><span style="color: black; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Por conta da imagem de um Jesus todo poderoso criada pela igreja triunfalista em moda ultimamente, fica difícil responder perguntas como a feita por exemplo tempos atrás diante do desastre do Haiti. Infelizmente cristãos foram capazes de afirmar que o desastre era fruto do pecado haitiano, de posse dos texto bíblico, podemos afirmar que <a href="http://conversagabiru.blogspot.com/2010/01/senhor-deus-dos-desgracados.html">Jesus o Cristo estava lá, em meio aos escombros.</a><o:p></o:p></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><span style="color: black; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><span style="color: black; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Basta conseguirmos perceber o diferente em nosso meio, perceber o rosto do excluído do marginalizado, dos aflitos, dos que sofrem entre nós, quando os percebermos estaremos próximos de perceber a presença de Jesus em nosso meio. Quando trouxermos luz a esta infeliz realidade da qual participamos e somos sustentadores, estaremos próximos dos passos de Jesus, estaremos caminhando com Ele, na consumação, no estabelecimento do seu Reino entre nós. </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Gill Sans MT', sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></span><br />
<span class="apple-style-span"><span style="color: black; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></span></span><br />
<span class="apple-style-span"><span style="color: black; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Sobre as sete estrelas, aí só uma outra conversa...</span></span></span></div>Marcos Fellipehttp://www.blogger.com/profile/17667740543786147990noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2110719093752878102.post-32795549791189069232010-10-06T00:02:00.005-03:002010-10-06T00:07:51.241-03:00A VERDADE DO PREGADOR<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjED61kslYrrsac4h066PQEX908NkpyH_CnyjfEIKD9kEwLiIcE_16a0CTvslJW5m_bADpSld7LDZ4lqnZ05Cw0JsLATVXU6l8HNa0sj49tPJ2fVL82GQagk9fZ9CTtZRB39fUyWp3eR3s/s1600/serm%C3%A3o+irritado.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 246px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjED61kslYrrsac4h066PQEX908NkpyH_CnyjfEIKD9kEwLiIcE_16a0CTvslJW5m_bADpSld7LDZ4lqnZ05Cw0JsLATVXU6l8HNa0sj49tPJ2fVL82GQagk9fZ9CTtZRB39fUyWp3eR3s/s400/serm%C3%A3o+irritado.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5524763780639921394" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span class="Apple-style-span" >O pregador, enquanto mediador da mensagem divina, ocupa lugar fundamental na pregação. Ele é reconhecido pelos ouvintes como o “canal da Palavra de Deus”, aquele que entrega o “recado de Deus” para os fiéis. A ideologia do “Ungido de Deus” camufla o sujeito histórico, suas visões de mundo, seus preconceitos e seus interesses nem sempre divinos, desvinculando-o da mensagem pregada. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span class="Apple-style-span" >Os próprios pregadores se compreendem como mediadores especiais e legítimos da mais pura e verdadeira palavra de Deus. Jerry Stanley Key, famoso pastor batista e professor de homilética diz pretensiosamente: </span><i><span class="Apple-style-span" >“A nós, filhos de Deus, cabe o glorioso privilégio de sermos porta-vozes da palavra que dá vida”</span></i><span class="Apple-style-span" >. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span class="Apple-style-span" >Entre os católicos também não é diferente, Leonardo Boff denunciou em </span><i><span class="Apple-style-span" >Igreja Carisma e Poder</span></i><span class="Apple-style-span" > que a autoridade</span><i><span class="Apple-style-span" > </span></i><span class="Apple-style-span" >religiosa se considera como a principal, se não a exclusiva, portadora da revelação de Deus ao mundo, com a missão de proclamá-la, explaná-la, mantê-la sempre intacta e pura e defendê-la. Guardadas as diferenças entre os cristianismos protestante e católico, não vemos motivos para não associar esta postura das autoridades católicas às praticadas pelos líderes das tradições protestantes, como deixa ver a declaração do pastor Stanley Key.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span class="Apple-style-span" >Parece que o princípio do sacerdócio universal de todos os crentes, pressuposto basilar da reforma, segundo o qual todos os crentes estão capacitados para, auxiliados pelo Espírito Santo, lerem e interpretarem a Bíblia, anda bastante desbotado nas igrejas protestantes, que preferem revigorar discursos e atitudes sacerdotais.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span class="Apple-style-span" >Boff observa habilmente que </span><i><span class="Apple-style-span" >“esta compreensão da revelação divina como comunicação de verdade carrega consigo imediatamente uma conseqüência grave para o problema dos direitos humanos: a intolerância e o dogmatismo. Quem é portador da verdade absoluta [...] não pode tolerar outra verdade”. </span></i><span class="Apple-style-span" >Aqueles que pretendem possuir a verdade redundam em intransigência e absolutismo. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span class="Apple-style-span" >As intolerâncias em geral e, em particular a intolerância religiosa, já se exasperaram suficientemente para percebermos que não podemos mais ambicionar a propagação de uma verdade única. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span class="Apple-style-span" >Enquanto o pregador continuar falando de um lugar praticamente inalcançável aos crentes, como se ele se transformasse em um ser semi-divino quando sobe ao púlpito, não será possível o desenvolvimento de cristãos autônomos, capazes de dialogar criticamente com o sermão exposto. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span class="Apple-style-span" >As asneiras políticas que protestantes e católicos têm difundido através das redes sociais na internet mostraram, mais uma vez, a alienação religiosa e o espírito de rebanho que submete a grande massa de evangélicos do Brasil. </span></p>Messias Brito de Jesushttp://www.blogger.com/profile/11728142625655098035noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2110719093752878102.post-32116202520167562772010-09-21T21:50:00.006-03:002010-09-21T22:09:23.242-03:00A COPA DO MUNDO E O MUNDO DA COPA<div><br /></div><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvo9U_o-H1vgBJVWPUWpl9fH5ZqF8iUaicVq2DxVn9P6jbRvtEgoU8M9oxWfTSD3Rpg8wUCgvzfHqbjYY9TCYTSIdQ-Sf74mlrlxEya0P0W8oIzgsdKKVH2CGAsBfeCf2suWFE9LOBM3s/s1600/copa-do-mundo-brasil-2014.jpg"></a></div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGwVx8bLtflYKGmJkTw7GefsGnrR75jEmTz8pQLKQyO398VqFq9MfBXavob4pu7f-uEGan9mGuv46GfDwj3xO5UWalfKUhO9V7ibMvatx8GalxoeHTIU5nLjnvugiIc-infhKaxZKxEW8/s1600/copa+do+mundo+dno+Brasil.jpg"><img style="text-align: right;float: left; margin-top: 0px; margin-right: 10px; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; cursor: pointer; width: 400px; height: 186px; " src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGwVx8bLtflYKGmJkTw7GefsGnrR75jEmTz8pQLKQyO398VqFq9MfBXavob4pu7f-uEGan9mGuv46GfDwj3xO5UWalfKUhO9V7ibMvatx8GalxoeHTIU5nLjnvugiIc-infhKaxZKxEW8/s400/copa+do+mundo+dno+Brasil.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5519537423469128514" /></a><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvo9U_o-H1vgBJVWPUWpl9fH5ZqF8iUaicVq2DxVn9P6jbRvtEgoU8M9oxWfTSD3Rpg8wUCgvzfHqbjYY9TCYTSIdQ-Sf74mlrlxEya0P0W8oIzgsdKKVH2CGAsBfeCf2suWFE9LOBM3s/s1600/copa-do-mundo-brasil-2014.jpg"><img style="text-align: center;display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; cursor: pointer; width: 200px; height: 110px; " src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvo9U_o-H1vgBJVWPUWpl9fH5ZqF8iUaicVq2DxVn9P6jbRvtEgoU8M9oxWfTSD3Rpg8wUCgvzfHqbjYY9TCYTSIdQ-Sf74mlrlxEya0P0W8oIzgsdKKVH2CGAsBfeCf2suWFE9LOBM3s/s200/copa-do-mundo-brasil-2014.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5519536736451561010" /></a><div><br /><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: justify;">Para além de dribles, gols, defesas e grandes lances, as expectativas proporcionadas pela Copa do Mundo de 2014, no Brasil, movimentam jogos bem diferentes do futebol. Jogadores nada atléticos como políticos, empresários e marqueteiros já estão entrando em campo de olho nos dividendos eleitorais, econômicos e publicitários que poderão adquirir com o possível sucesso da competição.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Afora proporcionar um grande espetáculo do esporte preferido dos brasileiros, o governo espera, com o Mundial, demonstrar simbolicamente a pujança do desenvolvimento econômico e social do país, aproveitando para isso o palanque mais assistido do mundo. Caso a seleção faça a sua parte e conquiste o hexacampeonato, não serão poucos os que profetizarão ser a Copa o marco da entrada do Brasil no grupo das potências mundiais, sendo o símbolo do rompimento da sua eterna condição de país do futuro (subdesenvolvido, em desenvolvimento, emergente, terceiro mundo...) <span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Todavia, tamanhas expectativas poderão tornar-se em histórica frustração, caso os responsáveis pelas diversas obras e a organização necessárias à concretização do evento não tenham claro em suas mentes um planejamento sério das ações e atividades a serem realizadas. A definição dos objetivos e metas para a Copa e, inclusive, para o pós-Copa precisam ser definidos a partir de competência técnica, racionalidade administrativa e, sobretudo, responsabilidade política. O controle da qualidade das ações e do cumprimento dos prazos deverá ser observado rigorosamente, sob pena de desperdício de dinheiro público e prejuízo da imagem do Brasil nos círculos internacionais.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Muito mais do que estar atentos ao trabalho de Mano Menezes e da preparação de Robinho, Neymar, Ganso e Cia, tomara que os torcedores brasileiros não se esqueçam de fiscalizar os vultuosos investimentos de verbas públicas e exigir que as obras a serem realizadas beneficiem amplamente as populações das cidades que hospedarão o Mundial, pois, caso contrário, terão que se contentar, mais uma vez, com os lucros conseguidos com a venda de cerveja e salgadinhos durante o evento. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">P.S. Não era bem o que eu queria e como eu queria escrever, mas também não é o que os avaliadores da CESPE no concurso do MPU gostariam de ler... Espero que a minha pequena ousadia não seja reprovada... rsrsrs (O tema da redação era a Copa do Mundo e o Planejamento Estratégico)</p></div></div>Messias Brito de Jesushttp://www.blogger.com/profile/11728142625655098035noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2110719093752878102.post-7340838591381244522010-08-02T10:40:00.000-03:002010-08-02T10:40:42.926-03:00Discurso de Formatura - Bacharel em Teologia<div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><strong>Discurso pronunciado no Culto de Ação de Graças pela colação do grau de Bacharel em Teologia no Seminário Teológico Batista do Nordeste - STBNe. Turma 2010.1.</strong></span></div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: right;"><br />
</div><div style="text-align: right;"><strong><span style="background-color: white; color: black; font-family: Trebuchet MS;">Orador: Marcos Fellipe</span></strong></div><div style="text-align: right;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqK8i2SVUO86FXo69B2KYqC3Q254QvY-tD4XekbOfwNcRSWyT6YVaCNSfIrq5-SYBSRImWTaT78iMwb4nt9bF0ilpWsf23T1Ys0xgT8IwOy7L_PWcChKVKF6aIDBsN0Mafsk_VjUVGp7vn/s1600/festa.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" bx="true" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqK8i2SVUO86FXo69B2KYqC3Q254QvY-tD4XekbOfwNcRSWyT6YVaCNSfIrq5-SYBSRImWTaT78iMwb4nt9bF0ilpWsf23T1Ys0xgT8IwOy7L_PWcChKVKF6aIDBsN0Mafsk_VjUVGp7vn/s320/festa.JPG" width="320" /></a></div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span> <span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Não iremos iniciar aqui agora um discurso, vamos apenas dar voz a esse discurso que vem sendo dito há muitos anos. Em especial há 4 anos e meio quando a maioria de nós deixamos nossos lares, a companhia das pessoas que amamos, nossas queridas igrejas para atender um chamado, caminhar em direção a nossa vocação.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">“Ao invés de tomar a palavra, gostaríamos de ser envolvidos por ela e levados bem além”. Sair do lugar comum das palavras que são ditas e adentrar no misterioso mundo das palavras que se dizem... E assim acompanhar essas vozes sem nome que nos precedem.(1) </span></span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span> </div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Nessas linhas estão um pouco de nossas vidas, nossas conversas em salas de aula, nos corredores, nas mesas de estudos e outras mesas mais. Mas não somos os únicos autores deste.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Não há como não dividir a autoria deste discurso com vocês: família, amigos que são parte essencial da construção do que somos hoje. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Não há como não dividir deste discurso com aquelas pessoas com quem mais conversamos nestes anos, vivos e mortos que dividiram conosco sua sabedoria. Com os quais muitas vezes tivemos o prazer de passar noites inteiras conversando. Leonardo Boff, Foucault, Nietzsche, Rubem Alves (o tio de Cássio), Von Rad e Lutero, amigos de longas conversas com Percival e Luís, Elizabeth Fiorenza, parceira de Crícia, Paul Tillich, Ivone Gebara, a madrasta de Julinho, Emanuel Levinas. E principalmente Jesus de Nazaré ... </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Não há como não dividir a autoria deste discurso com os pobres, com os marginalizados, com os excluídos, Essas pessoas que com a expressão dos seus rostos, e com as histórias de suas vidas nos desafiam a nos preparar para construir juntamente com eles uma realidade menos injusta... Que nos desafiam a ser voz dos sem-voz e sem vez...</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">E finalmente não há como não dividir a autoria deste com os nossos professores... Com estes tivemos conversas e lições incríveis.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Chegamos aqui cheios de certezas... "Tão convencidos estávamos nós dos caminhos que estávamos seguindo que nos matriculamos numa escola onde se ensina certezas e proibições, um seminário, porque o nosso desejo era conduzir as almas pelos caminhos que nós seguíamos." (2) Acreditávamos que encontraríamos professores que nos ensinaria como conduzí-las. Mas, que bom que estávamos errados. As primeiras lições que tivemos foi que a aprendizagem é também a habilidade de desaprender.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Concluímos rapidamente que Alberto Caeiro quando escreveu estes versos era certamente um calouro de Teologia:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Procuro despir-me do que aprendi,</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras,</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Desembrulhar-me e ser eu [...]</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Isso exige um estudo profundo, </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Uma aprendizagem de desaprender.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Nossos professores tentaram nos conduzir por esses perigosos caminhos do conhecimento. Vocês foram maravilhosos, muito importantes para cada um de nós, mas alguns de vocês foram surpreendentes.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Com orgulho somos Turma Jorge Luiz Nery, nome do nosso incansável professor que sempre acreditou em nosso potencial como estudantes. Sem tempo, sem recursos, sem apoio da direção, não foram poucas as mesas redondas, os mini-cursos, as viagens, atividades interdisciplinares, esforços que extrapolavam em muitos suas obrigações. Jorge! Você foi surpreendente.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Aletuza Leite que deu-nos a honra de ser nossa paraninfa, conseguiu nas poucas disciplinas que ministrou nos conquistar, rapidamente tínhamos mais que uma relação de professor-aluno, éramos amigos, e essa amizade nos proporcionou crescimento incrível. Seu jeito leve de viver, Sua teologia engajada e cheia de vida nos desafiou a sermos mais.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Lembro-me da primeira aula que tivemos com um outro desses incríveis professores, no lugar de nos ensinar verdades nos fez pensar, e ter dúvidas, nos ensinou que certezas são prisões, nos ensinou a perceber a beleza que há nas pequenas coisas, nos gestos simples. Mais do que filosofia nos ensinou a que a vida nunca é ponto final, "Viver é etecétara." (3) </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Quando conhecemos a figura, nos encantamos de cara, acreditávamos que ele nos conduziria a um novo caminho, ser discípulos radicais de Jesus Cristo. Mas o que lemos em seus olhos e em suas palavras foi que não há caminhos, “os caminhos se fazem ao caminhar”.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Sabiamos que ele não duraria muito tempo aqui, uma instituição construída sobre verdades e proibições não poderia suportar a presença de alguém que ensina dúvidas e liberdade. De quem estou falando turma??</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Em suas instigantes aulas de filosofia em que constantemente éramos desafiados a construir juntos o conhecimento, nos preparamos para adentrar no mundo do estudo da teologia, que já nos esperava.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Em todos esses anos que não estávamos na companhia de vocês, estivemos na companhia da história do Cristianismo, da Psicologia, da eclesiologia e do estudo sistemático e criterioso da Bíblia.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Aprendemos nas aulas de história do cristianismo que a história foi sempre escrita a partir dos vencedores, dos poderosos. Logo fomos desafiados a reler a história a partir dos menores, dos esquecidos, dos derrotados, dos oprimidos pelos sistemas de dominação. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Nas disciplinas de Bíblia aprendemos a ler os textos em sua línguas originais. Foram muitas noites em claro para aprender Grego e Hebraico. Aprendemos que toda leitura é uma interpretação que não há como alcançar a verdade dos textos, no máximo optar por alguma possibilidade responsável. Isso nos distanciou da pretensão da verdade e da vaidade do poder. Aprendemos que Deus escreveu apenas um livro: a vida. E a habilidade de manusear a Bíblia seria ferramenta indispensável para lermos a vida em seus inúmeros movimentos.(4)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Passamos também pelas disciplinas do campo da psicologia, mentoreamento eclesiologia e outras.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Fomos continuamente desafiados nas disciplinas de Teologia... Mas o que é Teologia? Estava conversando com Crícia em uma conhecida mesa de estudos, e ela relatou-me a acontecença. Perguntaram-lhe o que era isso em que ela iria se formar. O que é Teologia? Para que serve? O que vc vai fazer com isso?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Qual o instrumento de trabalho do teólogo? A do agricultor é a enchada com a qual ele ara a terra. Com o estetoscópio o médico examina os pacientes. O instrumento de trabalho do teólogo é A Palavra, com as palavras o teólogo constrói e destrói mundos. Ser teólogo é dominar a arte de criar e destruir mundos através das palavras.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">O mundo do Antigo Testamento que era regido pelo Deus Tribal guerreiro de Israel o qual legitimava a guerra pela posse de Terras, a matança de crianças foi recriado pelos profetas que ousaram um mundo de justiça, onde Deus era Deus de todos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Martin Luther King, através das palavras ajudou inúmeros negros norte americanos a lutar por um mundo mais justo, suas palavras até hoje ecoam e nos desafia a criar um mundo mais humano e igualitário. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Mas o maior criador e destruidor de mundos foi Jesus de Nazaré que a luz das escrituras, mas não escravizado por ela, em um mundo em que Deus era o Senhor, nos apresentou um Deus servo de todos e todas. Como menor de todos partilhou sua vida conosco. Desde que o filho do homem, estraçalhado e crucificado, ressuscitou dentre os mortos, se antecipou a definitiva libertação e se mostrou ineludivelmente que a vida é mais forte do que a morte e foi criado o mundo em que a utopia é mais real do que todos os realismos políticos e econômicos. Ser Teólogo é assim como Jesus, dominar a arte de criar e destruir mundos. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Ser teólogo é ser desafiado a fazer teologia em meio aos movimentos da vida, fazer teologia onde o Espírito está soprando, de dentro do Furacão.(5) Ser teólogo é responder ao escândalo da Reforma Agrária, é lutar pelo direito dos excluídos, é empoderar pelo poder da Palavra os desempoderados, os negros, os pobres, os homossexuais, as crianças, as mulheres.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Essa teologia nos desafia a ser pastores, a cuidar mais das pessoas e menos das instituições. Igrejas são pessoas. Pessoas que são massa humana, negadas como sujeitos históricos, sem consciência libertária e sem um projeto de futuro, massa sempre manipulada pelas ideologias das elites, com raríssimas exceções.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Fomos tentados durante o curso e certamente continuaremos sendo, a seguir pelos caminhos mais fáceis e cômodos Tentados a ser meros imitadores de mentes estéreis. Por muitas vezes optarmos em não seguir os caminhos comuns, já dantes traçados e por isso fomos apontados e rotulados. Mas em tudo tentamos ser nós mesmos, conservadores ou progressistas. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Fomos tentados a ser grandes enquanto Jesus nos desafia a ser os menores. Mas pela força do Espírito seremos os menores, servos de todos... </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Para usar uma imagem muito usada no Seminário, em que há um fusquinha no caminho de um caminhão numa ladeira. Iremos optar sempre em ser os fusquinhas, por identificarmos este com o projeto do reino de Deus. O caminhão só transita nas grandes avenidas. Mas os movimentos da vida não se dá apenas nas grandes avenidas, mas nos becos, nas vielas, nas baixadas e nos morros, onde o grande caminhão não tem acesso. Ser cada vez menores.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Encerramos esse curso hoje com a alegria de ter desbravado caminhos, com a alegria de termos sido teologarte, com a alegria de termos sonhado e trabalhado por um curso melhor, com alegria de ter construído laços duradouros e deixado marcas. Com a alegria de termos sonhado juntos com uma Igreja que seja sinal e antecipação do reino de Deus, que é reino de justiça paz e alegria no Espírito Santo. Sonhar juntos nos fez irmãos e assim prosseguiremos.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Trebuchet MS;">__________________________________________________________________</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Trebuchet MS; font-size: x-small;"><span style="font-size: xx-small;">1</span> Paragrafo basedo no discurso da aula inaugural e Foucault no College de France.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Trebuchet MS; font-size: x-small;"><span style="font-size: xx-small;">2</span> Fragmento de um texto de Rubem Alves em uma homenagem a Richard Shaull.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Trebuchet MS; font-size: x-small;"><span style="font-size: xx-small;">3</span> Riobaldo em Grande Srtão Veredas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Trebuchet MS; font-size: x-small;"><span style="font-size: xx-small;">4</span> Idéia muito comum de Carlos Mesteres.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Trebuchet MS; font-size: x-small;"><span style="font-size: xx-small;">5</span> Conceito chave de Richard Shaull em seu livro De dentro do Furacão.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span></div>Marcos Fellipehttp://www.blogger.com/profile/17667740543786147990noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2110719093752878102.post-89285848794446394592010-07-07T14:47:00.001-03:002010-07-17T12:07:39.518-03:00Deus além de Deus<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQSevfaL61DLh4wXbDiPE9vAlLhj9ZJKpghIUMEQUHz7ICglyLJ81IKD7O_PqxxxGIgtN0fYq8BjWITHcbUL3RLHgNfoJbSVRFWcsNok1KEZsz0iUB4ZAwregHyf0bLLsfL-sQA0PWBuGb/s1600/jesus+negro.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" hw="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQSevfaL61DLh4wXbDiPE9vAlLhj9ZJKpghIUMEQUHz7ICglyLJ81IKD7O_PqxxxGIgtN0fYq8BjWITHcbUL3RLHgNfoJbSVRFWcsNok1KEZsz0iUB4ZAwregHyf0bLLsfL-sQA0PWBuGb/s320/jesus+negro.jpg" /></a></div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">O ininterrupto conflito que há no interior das religiões, é sem dúvida, interessante e intrigante. Conflito interno que se dá entre movimento e instituição. </span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Há uma força na religião que a lança ao novo ao inesperado ao espontâneo. O grande mistério que perpassa a experiência religiosa move a pessoa religiosa, muitas vezes em direção ao inexplicável.</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Da mesma forma há uma força na religião que a fixa, a estaciona, amarra-a nos lugares de êxito, nos espaços onde houve experiências tidas como positivas. Essa força chamamos de instituição. A instituição estabelece, torna uma experiência norma, padrão, institui algo como regra a ser mantida.</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">No interior da religião podemos perceber várias características que expressam esse conflito. Os ritos, as leituras bíblicas, são instituições que são caras às religiões cristãs. Algumas liturgias podem também virar instituições quando se tornam algo rígido, não afeito a mudanças.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">A imagem de Deus é um aspecto da religião que traz fortemente este conflito. Cada cultura, cada povo, comunidade e até cada pessoa, constrói uma imagem de Deus. Podemos ver isso com tranqüilidade nos textos fundantes da nossa cultura: os mitos gregos e o texto bíblico. As imagens são criadas, mas logo substituídas por outras imagens que atendem a novas necessidades.</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Rollo May constata esse fato que para ele só é possível por uma atitude de coragem, para propor novas imagens de Deus que conteste a que a precede.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">“Aqueles que chamamos de santos rebelaram-se contra um Deus que, segundo a sua visão interior de divindade, tornara-se inadequado e obsoleto. Os ensinamentos que os levaram à morte elevaram o nível ético e espiritual das sociedades em que viveram e das sociedades futuras. Sabiam que Zeus, a divindade invejosa do monte Olímpio, já não servia. Assim, Prometeu é a religião da compaixão. Rebelaram-se contra Javé, o deus primitivo das tribos hebraicas, que alimentava a sua glória com a morte de milhares de filisteus. Foi substituído pelas visões que Amós, Isaías e Jeremias tinham de Deus: um Deus de amor e de justiça. A rebelião foi provocada por um novo conceito de divindade. Rebelaram-se, como diz Paul Tillich, contra Deus, em nome do Deus além de Deus. A presença contínua do Deus além de Deus é a marca da coragem criativa, no campo da religião.” </span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Em conversa com o tio de um amigo, ele me disse... “Um mar que se compreende não passa de um aquário, um Deus que se compreende não pode ser grande coisa.”</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Para conhecer pouco mais a Deus necessitamos de atitudes de coragem e fé. Fé para aceitarmos que a imagem que temos de Deus é incompleta. Coragem para aceitar, perceber outras faces de Deus e que o outro, aquele que é diferente de mim, pode me apresentar um rosto de Deus que ainda não conheço, mesmo que quando eu olhe, ache feio, estranho, diferente. Foi assim que os sacerdotes se comportaram diante do Deus amoroso apresentado por Jesus. </span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Que o Deus que está além de Deus, tenha misericórdia de nós e nos envie coragem e fé, para que possamos construir juntos uma religião que esteja apta a desenvolver-se em meio aos movimentos da vida. Capaz de perceber e acolher os outros, aqueles que têm uma imagem de Deus diferente da que criamos e a que instituímos em nossos dogmas e tradições cristãs.</span></div>Marcos Fellipehttp://www.blogger.com/profile/17667740543786147990noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2110719093752878102.post-39536922233796989352010-02-18T14:04:00.003-03:002010-02-18T18:45:55.256-03:00As Leis dos Santos Evangélicos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGfRwBuDQt7w9xmE5dhb2JHpOidfWlYOY76tL1gFCFWk4jQI6qdXXgkQ5913KWrpWxIFt9FHySVf_E409SRrkg0z0Alq1mNJ_245pDZ_itOijQjYTaJPyIiGk5W0gYU-ZBrg_ll6GkHo-X/s1600-h/biblia+de+sangue.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><img border="0" ct="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGfRwBuDQt7w9xmE5dhb2JHpOidfWlYOY76tL1gFCFWk4jQI6qdXXgkQ5913KWrpWxIFt9FHySVf_E409SRrkg0z0Alq1mNJ_245pDZ_itOijQjYTaJPyIiGk5W0gYU-ZBrg_ll6GkHo-X/s320/biblia+de+sangue.jpg" /></span></a></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Mas se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei (Gl 5.18).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Cristo nos resgatou da maldição da lei (Gl 3.13).</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">De maneira que a lei serviu de guia para nos conduzir a Cristo, a fim de que pela fé fossemos justificados. Mas tendo chegado a fé, já não estamos sujeitos a esse guia. (Gl. 24-25).</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Essa semana fiz uma experiência macabra... rssss. Confesso que não segui as orientações do método científico, primeiro porque estava totalmente interessado no resultado e segundo porque já fiz sabendo o resultado que chegaria... rsss</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Vou já relatar a acontecença: Pedi a duas pessoas para ler alguns textos bíblicos, um evangélico e um ateu. Um deles não conseguia de forma alguma entender o que o texto queria dizer, a outra rapidamente entendeu. Vocês podem estar pensando: _ Claro, o evangélico foi orientado pelo Espírito Santo e compreendeu a sagrada “Palavra de Deus”. Mas não foi bem isso que houve. O ateu entendeu me explicou, e fez uma pergunta que clareou ainda mais a narrativa. O evangélico não conseguiu, fez várias perguntas confrontando a tradição com o relato do texto, e entendeu uma coisa muito diversa ao que o texto dizia.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">O fato é que o ateu entendeu quando o texto dizia que não estamos mais sujeitos a nenhuma espécie de lei, entendeu, mesmo sem acreditar, que o texto deixava claro que agora somos guiados pelo Espírito e não precisamos seguir nenhum tipo de lei ou códigos morais. Depois da conversa ainda me perguntou o porquê dos cristãos seguirem tantas leis, regras e normas de conduta, já que a bíblia trazia esta mensagem?</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">O evangélico não aceitou de forma alguma que ele estava livre de qualquer tipo de lei, regras ou normas, que seguir ou não as ditas regras de conduta cristã não iriam aproximar ou afastar ele de Deus um milímetro sequer. E que segundo o texto bíblico se ele seguir essas leis está invalidando o sacrifício de Cristo.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">É incrível como nós evangélicos fazemos. Como criamos e escolhemos leis no texto bíblico. As leis “bíblicas” que escolhemos seguir são, em grande parte, apenas tentativas de confirmar a ideologia da nossa tradição religiosa, que no nosso caso é muito influenciada pelo puritanismo, pietismo e pela teologia medieval.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Vou tentar mostrar um pouco disso: </span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">As leis de purificação decidimos não seguir, tocamos em mulheres menstruadas e não saímos 40 dias da cidade para se purificar. Comemos sangue (alguns). Não deixamos a terra descansando um ano no ano sabático. Tampouco devolvemos a propriedade dos pobres no ano do jubileu. </span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Aí a desculpa é: _Essas leis são leis culturais. E são mesmo! Concordo. No entanto neste mesmo conjunto de leis há duas outras que são consideradas abominação perante o Senhor; deitar com uma prima e “como homem não se deitar como se fosse mulher”... Uma delas descartamos e achamos normal... a outra achamos abominação e não perdemos tempo em usar o referido versículo para mandar a pessoa para o inferno. </span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Criamos uma lei que nem existe no texto para afirmar o pecado da masturbação. (Gn 38. 9-10)</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Alguns já devem está dizendo que esses textos são da Antiga Aliança, agora temos que seguir o Novo Testamento. Mas porque seguimos a Lei do dízimo que aparece no AT (Ml 3. 10)?? E porque deixamos que as mulheres falem na igreja (1 Cor 14. 34-35)? Recuzando a orientação de Paulo?</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Deturpamos totalmente o texto de Romanos para afirmar que os divorciados só podem casar denovo depois que o antigo cônjuge falecer. Absurdo! (Rm7. 2-4)</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Vamos parar por aqui né! E assumir logo que todas essas regras e preceitos morais que seguimos não têm nada haver com a Bíblia e sim com a ideologia da nossa tradição religiosa! Eu prefiro ser livre de tudo isso, Me libertei! Graças a Deus! E a Jesus! Ele veio para que de fato sejamos livres!</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Marcos Fellipehttp://www.blogger.com/profile/17667740543786147990noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2110719093752878102.post-82684577212612456142010-02-08T13:48:00.003-03:002010-02-08T13:55:34.981-03:00Ainda sobre Mitos!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGtIC7M02l-f47-dVyINihtBkl3p85arqbLQAr7ZZKll1aySwgNgkZg-Y_vhH7yVyHVTZXI1hmYXzrYK13iSD2H5ES3QmQs8mqSn5SxtlfOaprYFzip7lo4ix1X8UIranYtP1w95DRBUjN/s1600-h/criacao.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" kt="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGtIC7M02l-f47-dVyINihtBkl3p85arqbLQAr7ZZKll1aySwgNgkZg-Y_vhH7yVyHVTZXI1hmYXzrYK13iSD2H5ES3QmQs8mqSn5SxtlfOaprYFzip7lo4ix1X8UIranYtP1w95DRBUjN/s320/criacao.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Falar de mito neste início de século não é uma tarefa fácil, considerando ser um momento histórico ainda muito marcado pelas compreensões modernas de conhecimento e de verdade. Além disso, a teologia é um saber que não desperta interesse na atual conjuntura. Para muitas ciências a teologia é um saber pré-científico, pois necessita da fé como elemento “a priori”. E para as igrejas evangélicas a teologia deixa de ser interessante e até estigmatizada, pois acreditam que o verdadeiro conhecimento vem do Espírito Santo e desconfiam de qualquer conhecimento racional, não compreendem que a razão é um dom de Deus.</span></div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Por isso iniciarei minha defesa da importância dos mitos usando outra ciência, a psicologia. Vocês já ouviram falar em Complexo de Édipo? Sim? Não? </span></div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Algumas crianças (meninos) quando chegam na segunda infância desenvolvem uma atração pela mãe e uma repulsa pelo pai, passa a vê-lo como concorrente do amor da mãe. O filho tem ciúmes ao ver o pai e a mãe juntos. Vocês já viram isso? Pois é! É muito comum. Freud descobriu este comportamento e relacionou-o com o mito grego de Édipo Rei. </span></div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Édipo matou seu pai Laio e casou com a própria mãe, Jocasta. Após descobrir que Jocasta era sua mãe, Édipo fura seus próprios olhos e Jocasta comete suicídio. Leia a Tragédia inteira que é interessantíssima. (Baixe a Tragédia aqui: <a href="http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2255).">http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2255).</a></span></div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Quando um psicanalista afirma que a criança está nessa fase de seu desenvolvimento. Qual a pergunta a ser feita? Se Édipo existiu ou não? É obvio que não. O mito explica a realidade. Se você perguntar se isso aconteceu realmente, qualquer psicanalista dirá que não aconteceu para que aconteça sempre.</span></div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><strong>O mito não aconteceu na história para que aconteça sempre em nossas vidas. </strong></span></div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Mas como eu faço pra reconhecer esses gênero literário? </span></div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">É simples...</span></div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><strong>Essas narrativas sempre ocorrem fora do tempo....</strong></span></div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Perceba como começa o livro de Esdras, uma narrativa historiografica: “No primeiro ano do reinado de Ciro...”. Já a narrativa mítica está fora da história, logo não há datas, nem nenhum fato que possamos saber em que tempo ocorreu. No mito começariamos a escrever como em Genesis 1:1... “Num princípio”...ou em Genesis 6.1... “Quando os homens se multiplicaram sobre a Terra...” Quando aconteceram estes fatos? A narrativa não diz. </span></div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><strong>Falam sempre dos inícios...</strong></span></div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Os mitos quase sempre são tentativas de explicar como surgiram as coisas. Como surgiu a violência? Como surgiu o pecado? Como surgiu a vida? Como surgiu o fogo? Como surgiu a morte? Os gregos explicaram o surgimento da cultura quando Prometheu roubou uma centelha do fogo dos deuses e trouxe aos homens. Os Judeus explicam os surgimentos das várias línguas com o mito da Torre de Babel.</span></div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><strong>As personagens...</strong> </span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">As personagens das narrativas míticas são geralmente Deuses; forças da natureza, planetas; personificação de sentimentos, como em o mito do Cuidado; seres imortais...</span></div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><strong>A linguagem é simbólica...</strong></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">A linguagem usada é a linguagem simbólica, pois geralmente cada personagem representa algo que o mito deseja tratar.</span></div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Vale ressaltar que o mudo ocidental é totalmente influenciado pelos mitos judaicos-cristãos, vários elementos da nossa cultura são fundados sobre essas explicações, elementos positivo e também negativos. Um exemplo disso é o uso Infeliz dos textos sagrados para afrmar a opressão da mulher pelo homem.</span></div>Marcos Fellipehttp://www.blogger.com/profile/17667740543786147990noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2110719093752878102.post-39384440965576198712010-01-29T14:50:00.004-03:002010-01-29T20:00:35.606-03:00O MITO DA CRIAÇÃO! “Num princípio criou Deus um Jardim...”<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPXNGFWrEqRPDAdaTXbEWpy2XbWdU9xqmOFA5g28lEicNHlKW5W9ipMOS7GPf1u6RrP_LfUwRSzPOmXmL_hef9fTh2SHmboWzWktYp1xmKGBzKlBlPRYN35Hkl3B6HvjhyphenhyphenPEHmwLSrizkS/s1600-h/adam_eve_snake.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><img border="0" kt="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPXNGFWrEqRPDAdaTXbEWpy2XbWdU9xqmOFA5g28lEicNHlKW5W9ipMOS7GPf1u6RrP_LfUwRSzPOmXmL_hef9fTh2SHmboWzWktYp1xmKGBzKlBlPRYN35Hkl3B6HvjhyphenhyphenPEHmwLSrizkS/s320/adam_eve_snake.jpg" /></span></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Fui líder de jovens e adolescentes de minha igreja por 8 anos, nesse período não foram poucas as vezes em que um ou outro chegavam contando suas aventuras na escola ou na universidade, onde debateram com aquele tal professor sobre a veracidade da Bíblia, especialmente sobre a criação. _ Vê se pode! O professor querendo dizer que na Palavra de Deus têm mentiras... A grande questão era que ao expor as “acontecenças”, como diz um amigo meu, na grande maioria das vezes, era o professor que estava certo...</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Geralmente nas aulas de ciências ou de história os professores chamam as narrativas bíblicas da criação de mitos, e isso deixa os alunos que são cristãos furiosos. No entanto chamar os textos de mitos não quer dizer que são mentiras. </span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">O mito é uma forma poderosa de interpretar a realidade através da linguagem simbólica. Geralmente ele tem a função de descrever as origens. Relacionar a palavra mito com mentira é uma herança que temos da modernidade, onde só era verdade o que era comprovado cientificamente. Instaurou-se a ditadura da razão e todas outras formas de linguagem foram estigmatizadas. As linguagens religiosas a poética e até a filosófica foram vistas como expressões de segunda categoria que não podiam ser levadas sério. Hoje, na pós-modernidade estamos caminhando em sentido contrário, revalorizando as outras formas de conhecimento.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Observe que na Bíblia há inúmeros gêneros literários: poesias, músicas, parábolas, cartas, mitos, sagas, novelas, evangelhos, apocalipses , crônicas, historiografias, dentre outros. Os fundamentalistas acreditam que defendem o texto bíblico com afirmaçõe do tipo:_ Adão existiu mesmo como homem de carne e osso... A Terra segundo a Bíblia não pode ter mais de 10 mil anos... Os dinossauros morreram no dilúvio. No entanto esta posição só empobrece os textos, que não nascem com estas intenções.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Já esta na hora dos pastores acreditarem que os membros de suas igrejas são capazes de entender isso e parar de tratá-los como criancinhas que perderão a fé se isso ou aquilo for falado na igreja. Estas são informações irrelevantes? Não! Não mesmo, entender a diversidade literária, os caminhos e as tramas são essenciais para que o povo tenha uma fé refletida e assim autônoma em condições de rejeitar as interpretações dos aproveitadores que só querem abusar da fé dos fiéis.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">O que há no livro de Genesis do capítulo 1 o 11 são narrativas míticas... Não há nada na bíblia que pode ir de encontro com as descobertas de Darwin, ou com as teorias cientificas do início do universo. Nem há nada nestas teorias que podem refutar os textos bíblicos. Fazer isso é mesma coisa de tentar provar cientificamente que Drummond está errado quando diz que: O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">O mito da criação é riquíssimo em significações e em ensinamentos e estamos perdendo todos eles quando o reconhecemos como texto historiográfico. </span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Enfim pesquise e estude, não pare apenas nos contos de fadas contados pelos por muitos pastores que na maioria estão com medo de você não gostar de ouvir isso e ir dizimar em outra igreja. (Ahhh! Antes que me peçam... futuramente trarei interpretações interessantíssimas sobre a narrativa da criação).</span></div>Marcos Fellipehttp://www.blogger.com/profile/17667740543786147990noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2110719093752878102.post-89910956809012538032010-01-21T11:38:00.009-03:002010-02-08T13:56:34.368-03:00Eu creio, mas tenho dúvidas...<div style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQB1PphsVSmar8VzXTCtisrNlvRgbwbR2WcU2WPaqu9G83WMiGlGcRTgZ0-Aefr7R2dS_CZ5ugPmuWg0E0baNeC7nq_30YwcYL9x_rQAgAdS3GW4BNEmi2kVV03_05nb2n4-0bItzhQha2/s1600-h/duvida.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQB1PphsVSmar8VzXTCtisrNlvRgbwbR2WcU2WPaqu9G83WMiGlGcRTgZ0-Aefr7R2dS_CZ5ugPmuWg0E0baNeC7nq_30YwcYL9x_rQAgAdS3GW4BNEmi2kVV03_05nb2n4-0bItzhQha2/s320/duvida.jpg" /></a></div><div style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; text-align: right;">Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando;</div><div style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; text-align: right;">porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte.</div><div style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; text-align: right;">Tiago 1:6</div><div style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; text-align: right;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; text-align: right;">Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor?</div><div style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; text-align: right;">Rm 11:33</div><div style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; text-align: justify;">Eis um dos grandes problemas das religiões, as religiões pregam certezas. Sou religioso, mas não farei isso por aqui...</div><div style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; text-align: justify;">A primeira coisa que é importante entender é que certezas são prisões. Na minha adolescência eu tinha muitas certezas, a religião me trouxe elas. Tinha certeza da salvação da minha alma, tinha certeza que todos que não eram cristãos iriam queimar eternamente numa câmara de torturas criada por Deus. Eu vivia preso nesse mundo repleto de certezas em o qual a dúvida não era tolerada.<br />
<br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; text-align: justify;">Durante muito tempo a religião usou a fé como sinônimo de certeza e fazia com que seus fiés absorvessem passivamente tudo que os líderes religiosos apontavam como a verdade divina, duvidar disso era sinônimo de fraqueza. Muitos conhecem os textos e a história que eu citei nos posts anteriores, no entanto o medo de ir de encontro às verdades pré-estabelecidas pelo discurso oficial das grandes igrejas cristãs os paralisam, os aprisionam.</div><div style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; text-align: justify;">Hoje em todo o Brasil igrejas usam dessa afirmação para explorar seus fiéis. São comuns apelos como: Exercite sua fé, dê tudo que você tem que Deus te devolverá em dobro.</div><div style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; text-align: justify;">Fé não é sinonimo de certeza, a palavra fé no original não é um substantivo como temos no português, mas sim um verbo, por isso as vezes fica difícil de entender. Fé é verbo é ação é atitude é movimento.<br />
<br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; text-align: justify;">Fé é certeza na medida em que ela se baseia na experiência do sagrado. Mas ao mesmo tempo a fé é cheia de incertezas, uma vez que o infinito, para qual ela está orientada, é experimentado por um ser finito. Esse elemento de insegurança na fé não pode ser anulado; nós precisamos aceitá-lo. (...) A fé engloba a ambos: conhecimento direto, do qual provém a certeza, e incerteza. Aceitar os dois é ter coragem. É suportando corajosamente a incerteza que a fé demonstra mais fortemente o seu caráter dinâmico.</div><div style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; text-align: justify;">(Tillich)<br />
<br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; text-align: justify;">Dito isto, tenha coragem, duvide, questione, não aceite as barbaridades que andam falando por aí em nome de Cristo. Só Deus é absoluto, fora isso tudo deve e pode ser relativizado, até mesmo as imagens que temos de Deus, as formas como vemos Deus, a forma como a igreja nos apresenta Deus.</div><div style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; text-align: justify;">Conversando com um tio meu ele me falou uma coisa que vou deixar por aqui: "Um mar que se compreende não passa de um aquário, um deus que se compreende não pode ser grande coisa."</div><div style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; text-align: justify;">Deus é como um pássaro selvagem, as certezas religiosas são como gaiolas que tentam aprisionar Deus. A dúvida é sempre um espaço vazio onde cabe inúmeras possibilidades. Aventure-se!</div>Marcos Fellipehttp://www.blogger.com/profile/17667740543786147990noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2110719093752878102.post-79671792884651475512010-01-14T02:30:00.004-03:002010-02-08T13:57:50.503-03:00Mas de onde veio isso 2 – (A missão)<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">As leituras e interpretações de Vovô Agostinho influenciam todo o cristianismo ocidental, católicos e protestantes. No entanto no caso brasileiro, principalmente no evangelicalismo temos ainda as fortes influencias do puritanismo inglês e do pietismo alemão. </span><br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Pense num povo frio... Pois é, os europeus e os estadunidenses vieram pra cá com está teologia européia branca e fria e tomaram um baita susto quando perceberam o jeito tupiniquim de ser. Rapidamente eles demonizaram nosso jeito de ser, principalmente o das mulheres, claro. “_ Tudo isso é o Diabo. _O cristão verdadeiro precisa ser diferente disso”. Aí trouxeram as roupas deles, o paletó e a gravata, suas músicas, sua liturgia, sua religião. Ser cristão durante muitos anos foi rejeitar o jeito tupiniquim de ser e assumir o jeito europeu, vale ressaltar, antes da revolução sexual, pq hoje pouquíssimos europeus sustentam o moralismo que trouxeram para nós.</span></div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><strong>Isso vem da Bíblia?</strong></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Antes de começar, gostaria de enfatizar que a bíblia é um livro plural, multiforme, multicor. Um livro que é também uma coletânea de inúmeros livros que em sua grande maioria também são coletâneas. Logo, vou tratar a bíblia dessa forma, tentando respeitar sua diversidade.</span><br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">A bíblia ao contrário desse discurso moralista puritano do cristianismo ocidental não tem nada contra o prazer, a alegria, a felicidade e o gozo, ao contrário. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Alguns textos revelam que a Bíblia é este precioso livro que traz a vida em suas mais ricas manifestações, inclusive manifestações eróticas. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">No livro de Ezequiel capitulo 23, por exemplo, o profeta, para falar da prostituição de Israel, não se contentou em afirmar que os seios das jovens prostitutas foram apalpados(v.3). No verso 20 diz o seguinte: “Apaixonou-se por seus amantes cujos membros são como os de jumentos e cuja ejaculação é como a de cavalos”(Ez 23:20). </span></div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Mas nenhum texto se compara ao de Cantares, a narrativa bíblica que melhor fala do amor. I Cor 13 fica sem graça e em sal diante de tamanha ousadia desse texto:</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Apreciem:</span></div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: orange; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><strong>Ah, se ele me beijasse, se a sua boca me cobrisse de beijos ...</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: orange; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><strong>Sim, as suas carícias são mais agradáveis que o vinho</strong></span></div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Acho q vai esquentar...</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><span style="color: orange;"><strong>...quando encontrei aquele a quem o meu coração ama. Eu o segurei e não o deixei ir, até que o trouxe para casa de minha mãe, para o quarto daquela que me concebeu.</strong></span> </span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Os noivos na cama?? num acredito... rsrsrs</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Vcs devem está perguntando...O que aconteceu lá no quarto???</span></div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><strong><span style="color: orange;">...Seus lábios são como um fio vermelho; sua boca é belíssima. Suas faces por trás do véu, são como as metades de ua romã. Seu pescoço é como a torre de Davi... seus dois seios como filhotes de cervo, como filhotes gemeos de uma gazela que repousam entre lírios.</span></strong> </span></div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Podem imaginar a cena... num é pecado não... nem vai pro inferno por isso... se concentrarem-se bem podem ir é ao céu... rsrsrs</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Vejam como se faz ... tem que começar as carícias dos dedos dos pés... Tem um monte de grosso aqui que nem sabe o que são preliminares...</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: orange; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><strong>Como são lindos os seus pés... As curvas de suas coxas são como jóias, obras das mãos de um artifice.</strong></span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><span style="color: orange;"><strong>Seu umbigoé uma taça redonda, onde nunca falta o vinhode boa mistura. Sua cintura é um monte de trigo cercado de lírios. Seios seios são como dois filhotes de corça gêmeos de uma gazela. Seu pescoço é como uma torre de marfim.</strong></span> </span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: orange; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><strong>Seus olhos são como...</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: orange; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><strong>Seu nariz...</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: orange; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><strong>Sua cabeça...</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: orange; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><strong>Seus cabelos soltos tem reflexos de purpura;... Como vc é linda ! Como vc me agrada! Oh! o amor e suas delícias...</strong></span></div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Os mais atenciosos perceberam do jeito que ele foi subindo entre as pernas da amada não foi do umbigo que ele bebia vinho que nunca faltava.... rsrsrs... Mas isso fica por conta da imaginação de vcs... </span><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Trebuchet MS;">Como o post ficou grande vou encerrando por aqui... Mas ainda vem muita conversa por aí...</span></div><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><br />
<div align="justify"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span></div><br />
</div><br />
</div><br />
</div><br />
</div>Marcos Fellipehttp://www.blogger.com/profile/17667740543786147990noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2110719093752878102.post-35064378211235138342010-01-08T12:48:00.005-03:002010-02-08T13:58:34.131-03:00Mas de onde veio isso?<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Eu era adolescente quando um amigo perguntou-me, o que era ser cristão, depois de muitos anos de estudos na saudosa EBD (Escola Bíblica Dominical), me senti apto a responder, e falei a ele sobre toda a história da salvação, das implicações espirituais e assim por diante, mas fui surpreendido, ele insistiu e perguntou: _ Na prática, o que é ser cristão? Em que eu preciso mudar? No nosso mundo de adolescente, a mudança seria a seguinte: Você não pode mais beber, não pode mais ir a festas, não pode fumar, não pode “ficar” (namoro sem compromisso) com as meninas, não pode ter relações sexuais antes do casamento, não pode mais falar palavrão, não pode andar em bar, não pode mais curtir o micareta, carnaval nem pensar, não pode participar das festas juninas, precisa vir para a igreja ao menos uma vez por semana. Quando pensei nessa resposta desisti na hora, aí só falei o seguinte: Você terá novos amigos, vai ser legal.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Daí em diante não parei de pensar sobre aquela pergunta, e percebi que, para mim e para muitos, ser cristão é quase que somente seguir um monte de regras morais, sobre usos e costumes.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Infelizmente isso não é apenas uma constatação de um adolescente, infelizmente ser cristão hoje é quase que apenas isso mesmo: Mas de onde veio isso?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Uma das pessoas que mais contribuiu para chegarmos até esse ponto foi um camarada chamado Agostinho de Hipona, mas conhecido como Santo Agostinho, que foi o grande teólogo da igreja Cristã na Idade Média. A grande façanha de Agostinho foi interpretar o texto bíblico e o cristianismo usando a filosofia grega, principalmente o platonismo.</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Platão acreditava que tudo que estava no mundo material era imperfeito e decadente, a perfeição residia no mundo das idéias (perguntem ao tio Google sobre o mito da caverna que fica mais claro). Agostinho repetiu essas idéias de Platão adaptando-as as categorias cristãs, chamou o mundo material e das impressões de mundo carnal, e o mundo das idéias de mundo espiritual. </span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Ainda com esta compreensão, Agostinho pega aquele texto de Paulo que fala da oposição entre Espírito e carne (Gálatas 5:17...) e interpreta-o a partir da compreensão grega, da dualidade EspíritoxCorpo, espírito como sendo uma realidade a-material, e corpo a matéria imperfeita e decadente. O problema é que Paulo não está dizendo nada disso. Espírito para Paulo é princípio de vida, é aquilo que gera vida é vida. Para Paulo o homem espiritual é aquele que está inclinado para a vida, e a carne não tem nada haver com corpo, carne em Paulo é o oposto ao Espírito, é a inclinação para a morte.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Com esta compreensão equivocada a teologia de Agostinho nega todas as manifestações do corpo, chamando-as de inferiores, decadentes e fruto e geradoras de pecado, por isso qualquer tipo de prazer gerado por este corpo é pecado na teologia Agostiniana. Sexo é pecado, beber é pecado, é a negação total do prazer.</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Vou parando por aqui para o post não ficar grande, mas essa é uma longa conversa... Voltaremos a ela nos próximos dias.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span></div>Marcos Fellipehttp://www.blogger.com/profile/17667740543786147990noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2110719093752878102.post-76350464868825717892010-01-01T12:17:00.005-03:002010-01-07T16:47:57.241-03:00Palavra de Deus; Palavra de homens...<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Um dos problemas mais sérios que acontece em qualquer religião é quando o homem identifica a sua fala como a fala de Deus; quando confundimos o discurso humano com o discurso divino.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">É importante lembrar que o discurso religioso reflete uma das formas mais poderosas através das quais o sistema cultural se alimenta e se mantêm. Nossa religião assim como nossos textos sagrados são usados continuamente na produção e na reprodução de sistemas simbólicos que têm influencia sobre as relações sociais, políticas, econômicas, de gênero e etc., servindo muitas vezes como cúmplice da violência.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Uma das maneiras mais fáceis e mais usadas de empoderar o discurso autoritário e totalitário é identificá-lo como discurso divino.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">O texto Sagrado em I Cor. 13.9-10 nos mostra que todo conhecimento e fala sobre Deus são incompletas. Dessa forma todas as afirmações, no sentido de colocar a nossa interpretação do texto bíblico como a correta, a verdadeira e a dos outros enganosa, todas as tentativas de mostrar que o Espírito de Deus revela a nós o sentido verdadeiro da sua Palavra e aos outros não, são afirmações fundamentalistas que deturpa e empobrece a Revelação.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Precisamos ser mais humildes para perceber que ninguém tem acesso total a Palavra de Deus, apenas Jesus Cristo o Verbo encarnado, a Palavra de Deus que fez morada entre nós tem em si mesmo a totalidade da Revelação de Deus.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Esta posição diante da Palavra nos ajuda a nos tornar mais humildes e nos desafia a ouvir o outro, aquele que tem uma visão diferente da nossa, aquele que interpreta o texto bíblico de outra maneira. Nos ajuda a desconfiar de toda palavra de homens que se afirma palavra de Deus. A Palavra de Deus só é uma: Jesus Cristo de Nazaré. (João 1) </span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div align="justify"><br />
</div>Marcos Fellipehttp://www.blogger.com/profile/17667740543786147990noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2110719093752878102.post-19589962846834969762009-12-25T13:01:00.001-03:002009-12-25T13:44:12.488-03:00O que a igreja precisa saber, mas os pastores não falam...<div style="text-align: justify;">Alguém me responda, por favor, porque os membros das igrejas não têm acesso a sua própria história? Porque os pastores oferecem leituras superficiais dos textos bíblicos em seus púlpitos sob a desculpa de que a igreja não está preparada para conhecer outras possibilidades de leitura? Porque desde o Seminário aprendemos que alguns temas da teologia não podem ser levados até a igreja? Porque os pastores escondem, enganan, desconversam, negam-se a ensinar os conteúdos reais da bíblia e ensinam somente a partir da tradição, que muitas vezes é a-crítica e traz leituras frágeis e inconsistentes da Bíblia e da história cristã?<br />
Este blog se propõe a trazer outras possibilidades de leitura do texto bíblico, apresentando a igreja, àqueles que se interessarem, novas ferramentas e novas maneiras de se posicionar diante do texto bíblico e diante da nossa tradição de fé. Acreditamos que o contato da igreja com os saberes desenvolvidos na academia e em novas propostas de igrejas, que já tentam adaptar suas praticas pastorais a leituras mais responsáveis do texto e dos discursos religiosos, irão contribuir com o crescimento da igreja e não destruí-la como muitos tem dito, usando esta desculpa para se isentar de suas responsabilidades pela manutenção de suas zonas de conforto.<br />
Muita coisa boa vem por aí... Preparem-se... rsss<br />
</div>Marcos Fellipehttp://www.blogger.com/profile/17667740543786147990noreply@blogger.com6